Mostrando postagens com marcador Terceira Idade - Atividade Física e Saúde no Idoso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Terceira Idade - Atividade Física e Saúde no Idoso. Mostrar todas as postagens

13 dezembro 2008

Quedas, Um risco aos idosos

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mapeou a realidade brasileira das internações hospitalares decorrentes de traumas na coluna. A professora de enfermagem Vanessa Luiza Tuono, do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) de Santa Catarina e, durante o estudo, mestranda da FSP no curso de Epidemiologia, pesquisou o perfil dos pacientes, os principais motivos e os aspectos técnicos das internações brasileiras. Ela constatou dados interessantes, como a elevada porcentagem de internações devido a quedas e acidentes de trânsito e a predominância de jovens do sexo masculino entre as vítimas.

A pesquisadora levantou informações sobre internações hospitalares no banco de dados para traumas de coluna do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS), com dados referentes ao período de 2000 a 2005. Ela constatou que 3% das internações por causas externas (acidentes e violências) são com diagnóstico de trauma de coluna, o que corresponde a cerca de 20 mil internações/ano. Destas, 7% são com comprometimento da medula espinal.

Vanessa explica que “os traumas com acometimento da medula geralmente são lesões graves que deixam seqüelas irreversíveis, tanto que, na maioria dos casos os pacientes acabam morrendo ou ficando inválidos”. Segundo os dados levantados, as lesões do nível lombo-sacral, que causam paraplegia na maior parte dos casos, representam 60% do total das internações; as lesões cervicais (mais graves), que geralmente deixam as vitimas tetraplégicas e, portanto, inválidas, representam 28% dos casos. A professora explica que quanto mais próximas da cabeça mais graves são as lesões de coluna. 

As causas das lesões provêm predominantemente de quedas, que representam cerca de 40% das internações” explica Vanessa. Inclui-se nessa porcentagem quedas de idosos em casa, na maioria mulheres, e de trabalhadores da construção civil principalmente. Em segundo lugar estão os acidentes de trânsito, que representam 23% das internações, sendo que, destes, 30% são pedestres. Completam a lista as lesões por mergulho em águas rasas com 20% dos casos, tentativas de homicídio com 6% e outros casos 1%.

Problema de Saúde Pública

O tempo médio de cada internação é de 9 dias para lesões sem acometimento medular e de 17 dias para as que causam acometimento. Comparando esse período com os gastos médios da internação, que são de cerca de R$ 1.523,00, Vanessa concluiu que as internações representam um custo elevado para o Estado.

Segundo a pesquisadora, a maior parte dos pacientes são jovens do sexo masculino, com idades entre 20 e 29 anos. “No período pesquisado houve um crescimento das internações, que passou de 15 casos para cada 100 mil habitantes, para 22,9 casos” diz, lembrando que “a região Sul e o Distrito Federal foram as regiões com maiores índices de internações”.

Devido a esse crescimento, e também pelos pacientes estarem no auge de sua produtividade profissional e pessoal, e mais ainda, pelo fato de as lesões causarem seqüelas quase sempre irreversíveis, o estudo mostrou que os traumas com comprometimento medular representam um grande problema de saúde pública.

Texto: Paulo Roberto Andrade
Fonte: Agência USP

12 dezembro 2008

Atividade Física na Terceira Idade

Não é novidade para ninguém que a parcela de idosos tem aumento de forma significativa no Brasil e em vários outros países. O avanço da medicina e os cuidados preventivos, como exercícios e alimentação saudável, fazem com que as pessoas vivam mais e com melhor qualidade. Quem costuma correr em parques ou participar de provas é testemunha do grande número de pessoas acima dos 60 anos e em ótima forma física. Aliás, várias pesquisas já demostraram que os exercícios são benéficos mesmo a indivíduos de 80 anos e sedentários.


Para atender aos interesses e necessidades deste público, alguns profissionais de Educação Física desenvolveram programas de treinos específicos para a terceira idade. Um deles é o professor Eduardo Rodrigues, um colega que há muitos anos orienta com bastante entusiasmo e competência a prática esportiva em grupos de senhores e senhoras. Dudu, como é conhecido no universo dos treinos e corridas, fala na entrevista abaixo sobre as características e as potencialidades dos esportistas acima dos 60. Seu entusiasmo é um incentivo a mais para quem se encontra nessa faixa etária.
VEJA.com - Existe, de fato, um maior interesse dos idosos pela atividade física?
Eduardo Rodrigues - Sim, na última década cresceu de forma expressiva o número de pessoas nessa idade com preocupações em relação à saúde e o bem-estar.

Quais as principais diferenças entre a capacidade física de pessoas mais jovens em relação aos mais velhos?
As diferenças são significativas. Por exemplo, a força máxima de homens e mulheres é alcançada entre os 20 e 30 anos, período em que a circunferência dos músculos costuma ser maior. Com o passar dos anos há um declínio na força muscular. Por volta dos 65 anos, a força de preensão manual (ato ou efeito de segurar) em homens é aproximadamente 20 % menor, em comparação aos jovens de 20 anos.

Há cuidados específicos para cada etapa da vida depois dos 50 anos?
Sim, há um ritmo diferenciado de intensidade física em todas as faixas etárias. As funções fisiológicas declinam com a idade e nem sempre no mesmo ritmo. A condução nervosa declina apenas 10 a 15%, aos 80 anos, enquanto o débito cardíaco (volume de sangue por minuto), declina entre 20 a 30% e a capacidade respiratória máxima, aos 80 anos, é cerca de 40% menor, em comparação com indivíduos de 20 anos. As treinos e as exigências físicas não podem ser iguais para todos. É preciso um programa adequado para que o corpo possa estar em atividade e obter resultado positivo para a saúde.
Quais os benefícios principais que a prática esportiva pode trazer para este grupo?
O treinamento físico sistemático facilita a retenção protéica e pode retardar a diminuição da massa muscular e da força. Uma pesquisa realizada na Universidade de Stanford com idosos sedentários, que se submeteram a um programa regular de exercícios, comprovou que a força muscular aumenta progressivamente durante o treinamento. Durante um programa de 12 semanas, homens sadios na faixa de 60 a 72 anos, obtiveram resultados animadores. Por exemplo, o aumento da força muscular, no exercício de flexão de joelhos,  foi de 107% e no exercício de extensão dos joelhos, o aumento foi de 227%. Este estudo comprova que um programa regular de exercícios resistidos pode aumentar a massa muscular em idosos. Com o aprimoramento da força muscular os idosos também ficam menos expostos a lesões e acidentes domésticos.
Existem atividades a serem evitadas?
Não existe atividade física proibida, deve-se ter bom senso, e evitar atividades que envolvam risco de vida, ou de lesões musculares e fraturas. A redução da massa muscular está relacionada com a perda de força decorrente da idade. As fibras musculares diminuem de tamanho, em particular as fibras brancas (contração rápida), o que explica a movimentação mais lento, em pessoas idosas. Há com o passar do tempo, um aumento das fibras de contração lenta (fibras róseas e vermelhas) dando mais resistência e menos velocidade. Assim, as atividades físicas devem ser adaptadas às condições de cada indivíduo.
Além da corrida, o idoso deve complementar seu programa de atividade física com quais modalidades?
Alguns indivíduos podem correr e outros não, em função de problemas articulares (artrite, artrose), mecânicos (tipo de pisada ou posição dos joelho, problemas de coluna, perda ou diminuição da visão e também diminuição do equilíbrio). Recomenda-se complementar a corrida com alongamentos, exercícios localizados e musculação. O importante, basicamente, é ser ativo

Fonte: Veja.com, 31/10/2008. http://veja.abril.com.br/blog/saude-chegada

26 novembro 2008

Avanço da AIDS entre os mais velhos é preocupante…Saiba mais

A taxa de incidência de Aids entre pessoas acima dos 50 anos dobrou entre 1996 e 2006 e passou de 7,5 casos por 100 mil habitantes para 15,7, confirmando uma tendência que vinha sendo identificada, segundo dados do governo divulgados nesta terça-feira.

A maioria dos casos no país, no entanto, ainda está na faixa etária de 25 a 49 anos.

"A Aids sempre foi vista como uma doença de jovens e adultos, como se a população mais velha não fosse sexualmente ativa. Mas os números mostram que a epidemia cresceu nessa população, principalmente nos últimos anos", disse a diretora do Programa Nacional de DST/Aids, Mariângela Simão.

O aumento dos casos vem sendo registrado em todas as regiões nessa faixa etária. Em 1996, existiam 3 casos da doença para cada 100 mil habitantes no Norte e em 2006 a taxa subiu para 13. No Sudeste passou de 10,9 para 18,3 e no Sul de 7,1 para 22,9.

Como uma resposta a tal realidade, o programa de Aids vai fazer uma campanha direcionada a essa população, cujo objetivo é despertar nos adultos e idosos a importância do uso do preservativo nas relações sexuais. A iniciativa será lançada no Dia Mundial de Luta contra a Aids, em 1o de dezembro, com o slogan "Sexo não tem idade. Proteção também não".

SOBREVIDA

Um outro estudo, relacionado à sobrevida e encomendado pelo Ministério da Saúde, mostrou que dobrou a sobrevida, entre 1995 e 2007, dos pacientes com Aids das regiões Sul e Sudeste.

O tempo médio de sobrevida saltou de 58 meses para mais de 108 meses no período. O estudo acompanhou cerca de 2 mil adultos diagnosticados entre 1998 e 1999. Mais da metade deles (60 por cento) continuou viva por, no mínimo, 108 meses depois do diagnóstico.

Segundo o ministério, o estudo foi feito em 23 cidades do Sul e Sudeste do país, regiões que concentravam 82,4 por cento da epidemia do país no período do diagnóstico.

"Pesquisa semelhante feita com outro grupo de pacientes diagnosticados entre 1995 e 1996 apontou que metade desses permanecia viva por apenas 58 meses após a confirmação da doença", disse o ministério em comunicado.

Para a diretora do programa de Aids do ministério, o estudo mostra que as ações adotadas deram resultado.

"Países como o Brasil, que optaram pelo acesso universal ao tratamento na década de 1990, determinaram a mudança na história natural da doença. Em pouco mais de dez anos, a Aids deixou de ser uma sentença de morte", afirmou Mariângela Simão.

O Brasil, que oferece gratuitamente o tratamento anti-retroviral contra a Aids, possui também uma estrutura de apoio aos pacientes que inclui, por exemplo, exames avançados capazes de identificar alguma falha do esquema terapêutico antes de que o paciente apresente doenças oportunistas, que pode levar à morte.

 

fonte:http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/11/25/dobram_casos_de_aids_entre_maiores_de_50_anos_no_pais-586547466.asp

07 novembro 2008

Direitos dos Idosos

Ministério Público Estadual lança cartilha sobre direito dos idosos

Estatuto do Idoso vai completar cinco anos. O transporte coletivo ainda é um dos cenários do desrespeito. Não é difícil encontrar jovens que se negam a dar o lugar para
Maus tratos. Apropriação indébita de proventos. Negligência. Estes são os casos mais comuns de descumprimento do Estatuto do Idoso encaminhados ao Ministério Público Estadual (MPE). Mas o desrespeito também está nas ruas. Em Fortaleza, não são raras as cenas em que o direito dos mais velhos é violado. Eles chegam cedo ao banco, antes mesmo de a agência abrir, e ficam para trás nas filas. E tem o aperto do ônibus na busca por um assento. Atravessar a rua é um exercício de paciência. Uma cartilha do MPE pretende orientá-los sobre os direitos e as formas de procurar ajuda. A cartilha foi lançada ontem na Procuradoria Geral de Justiça.

Os bancos abrem às 10 horas. Uma hora antes, seu Antônio Lisboa, 73, está na fila dos caixas eletrônicos. À frente dele, cinco ou seis homens - todos jovens. "Sabe que eu nem acho ruim esperar?", contemporiza. "É que já criou o hábito. Sempre há essas dificuldades. No ônibus também é difícil", explica. Augusto e Miguel Pinheiro têm 63 e 71 anos, respectivamente. São irmãos. Chegam antes de o banco abrir. Para quê? Querem ser os primeiros na fila. Talvez, nem saibam que eles têm direito a atendimento preferencial.

O Estatuto do Idoso completa cinco anos no próximo dia 1º de outubro. Há motoristas que o desconhecem. E ainda desrespeitam as normas do trânsito. Na rua Solon Pinheiro, no Centro, a faixa determina que, caso um pedestre queira atravessar, o carro deve parar. O tempo passa, os carros também. Só quem não passa é seu Raimundo Guimarães, 70. "Tem problema não. Uma hora eu passo. Esses jovens todos têm pressa", sorri.

A prosa é boa entre José Moreira Sobrinho, 71, e Nilza Félix, 78. O casal mora no Barroso II e nem reparou que o ônibus demorou a chegar à praça Coração de Jesus. Quando veio, receberam um caloroso "bom dia" do motorista. Mas o dia não seria tão bom ali. Os assentos garantidos ao idoso estavam ocupados e eles sentaram mais atrás. Outra senhora não teve a mesma sorte e foi em pé. "Tem jovem educado, que dá lugar. Mas tem uns que fazem que não vêem a gente em pé. Não peço para sair porque tenho vergonha", diz Nilza.

A dica nestes casos é recorrer ao motorista ou cobrador. Cada ônibus tem quatro ou cinco assentos para idosos, conforme o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus). A entidade admite que o operador não tem autoridade para obrigar alguém a ceder o lugar. A saída está em 2,5 mil cartazes espalhados pela frota: "Ceder o lugar não é favor", diz a mensagem. "Ceder o assento não é favor. É um dever moral", completa a titular da Promotoria de Defesa de Deficientes e Idosos, Roza Lina Maia.

Serviço
As cartilhas do Ministério Público serão entregues, principalmente, em entidades que atendem idosos. A cada quatro meses, uma nova cartilha deve ser produzida.

Alô Idoso: 0800 85 0022

Núcleo de Atendimento à Pessoa Idosa Vitimizada: 0800 28 50 880
Promotoria de Justiça de Defesa do Idoso e do Portador de Deficiência: (85) 3252 6406.
E-mais
O Sindiônibus tem um programa denominado Qualificação de Operadores de Transporte. Um dos objetivos é qualificar, até 2009, oito mil operadores para melhorar o atendimento ao idoso. A sede do sindicato tem uma sala de atendimento exclusiva para os idosos. Segundo a promotora Roza Maia, mais de 200 denúncias foram feitas neste ano. Em 2007, o Ministério Público recebeu 288. A promotora pede que o idoso que se sentir discriminado, mesmo que no ônibus, procure o Ministério Público e ou Defensoria Pública do Idoso.

Desrespeitos
1. Discriminar pessoa idosa, nos transportes coletivos e nos bancos;
2. Deixar de atender o idoso, por motivo de idade;
3. Abandonar o idoso em hospitais, abrigos, casas de saúde ou não dar atenção básica, quando obrigado por lei;
4. Expor o idoso a perigo, submetendo a condições desumanas, deixando de alimentá-lo e de dar cuidados necessários ou obrigá-lo a trabalho forçado ou inadequado para sua idade;
5. Apropriar-se de aposentadoria, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, desviando sua finalidade;
6. Não acolher idoso em unidade de abrigo, se ele se recusar a assinar procuração à entidade de atendimento;
7. Reter cartão bancário do idoso ou qualquer outro documento, com o objetivo de garantir recebimento de dívida;
8. Não cumprir ordem judicial, em ação civil pública, que tratar dos direitos dos idosos;
9. Deixar de dar ao idoso acesso a qualquer cargo público. Negar emprego ou trabalho, por motivo de idade;
10. Não atender ao idoso, em situação de perigo, ou recusar, dificultar a assistência à saúde, ou não promovê-la;
11. Obrigar ou levar o idoso sem discernimento a assinar procuração, para administrar seus bens;
12. Xingar, humilhar, desrespeitar o idoso, por qualquer motivo;
13. Divulgar em jornal, rádio, revista ou televisão imagem ou informação que prejudique a imagem do idoso;
14. Realizar transações em cartório, de idoso sem discernimento e desacompanhado de representante legal.
_____________________________
Fonte: Cartilha do Ministério Público, Jornal O Povo, 6/9/2008.
http://www.opovo.com.br:80/opovo/fortaleza/817475.html

06 novembro 2008

Risco Cardiovascular e caminhada orientada: Estratégias e benefícios.

Uma das maiores preocupações do fisioterapeuta ao elaborar um plano de tratamento deve ser a adequação as reais condições bio-psico-socias do paciente, de forma a possibilitar a máxima adesão. Neste ponto e levando em consideração a grande multidão de pessoas de baixo poder aquisitivo que chegam ao atendimento todos os dias é fácil perceber a importância de um tratamento que esteja ao alcance do paciente, criando um ciclo terapêutico que não se limite apenas ao consultório mas se estenda ao lar e as atividades de vida diária do indivíduo. Recursos de baixo custo e de fácil reprodução devem estar incluídos em um processo terapêutico. Vida Saudável o melhor remédio

Como estratégia de prevenção do risco cardiovascular e metabólico associado a hipertensão arterial e o diabetes, foi implementado junto a comunidades periféricas de Cabo frio – RJ, um trabalho de prevenção através da atividade física de impacto, com foco na terceira idade. Temos visto  que, as ações em saúde, e as diversas iniciativas governamentais, tendem a se concentrar em determinadas áreas, principalmente as mais desenvolvidas, indo de encontro a necessidade das comunidades da periferia, dos que estão deslocados do centro e conseqüentemente do acesso fácil a saúde. A caminhada orientada atua de forma eficiente e eficaz trazendo o conceito de prevenção para uma realidade de vida e auxiliando diretamente no controle e prevenção da HAS e do Diabetes.

Nas questões relacionadas ao aparelho circulatório podemos citar os dados sobre mortalidade do Ministério da Saúde (2004) registram 265 mil mortes por doenças do aparelho circulatório, o que representa 30% das causas de morte dos brasileiros. Metade delas está relacionada à hipertensão não-controlada. Relatório anual da OMS (World Health Report 2003) aponta a hipertensão como o terceiro principal fator de risco associado à mortalidade mundial: perde apenas para sexo inseguro e desnutrição. A hipertensão está presente em 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes no Brasil: são 3,5 milhões de crianças e adolescentes que precisam de tratamento. Diversos estudos levantaram a prevalência da hipertensão juvenil. No Rio de Janeiro ela está em torno de 7%. Em Belo Horizonte e Florianópolis é de 12%. Em Salvador, 4% das crianças e adolescentes têm hipertensão arterial.

Caracterizada pela elevação da pressão do sangue nas artérias, a doença atinge 600 milhões de pessoas no mundo inteiro. Uma pessoa é considerada hipertensa quando possui pressão arterial igual ou maior que 14 por 9 com certa freqüência. A doença ocorre devido à contração dos vasos sanguíneos arteriais, por onde o sangue circula. Em alguns pacientes as causas da hipertensão permanecem desconhecidas e somente em 5% dos casos é possível a identificação definitiva do agente causador: alterações ou obstruções das artérias renais. O problema se manifesta geralmente a partir dos 30 anos e atinge tanto homens quanto mulheres.

O diabetes mellitus, popularmente conhecida apenas por DIABETES, é um distúrbio do metabolismo que afeta primeiramente os açúcares (glicose e outros), mas que também tem repercussões importantes sobre o metabolismo das gorduras (lípides) e das proteínas. Muita gente pensa que o diabetes é uma doença simples e benigna, um probleminha banal de "açúcar alto no sangue". Na verdade, infelizmente não é bem assim. O diabetes é uma disfunção que, se não tratada e bem controlada, acaba produzindo, com o correr do tempo, lesões graves e potencialmente fatais, como o infarto do miocárdio, derrame cerebral, cegueira, impotência, nefropatia, úlcera nas pernas e até amputações de membros. Por outro lado, quando bem tratado e bem controlado, todas essas complicações crônicas podem ser evitadas e o paciente diabético pode ter uma vida perfeitamente normal. Recentemente, foi concluído um grande estudo, nos Estados Unidos, o qual demonstrou que o Controle adequado do diabetes é, realmente, o único caminho para se evitar as complicações mencionadas. Essa foi a conclusão do Diabetes Control and Complications Trial - D.C..C..T.

Entre 1986 e 1989, com o apoio da SBD, o Ministério da Saúde e o CnPq realizaram um censo nacional sobre a prevalência de diabetes no Brasil. Este estudo mostrou uma prevalência de 7.6% na população entre 30 e 69 anos. Um dado importante foi de que 50% das pessoas não conheciam o diagnóstico. Em várias ocasiões tem sido discutida a realização de um novo estudo, mas existem opiniões discordantes devido ao alto custo (o de 1986 custou US$ 2.5 milhões).  
O Ministério da Saúde, pela sua Secretária de Atenção à Saúde, vem trabalhando com 11 milhões de pessoas com diabetes a partir de um estudo de rastreamento de diabetes e hipertensão que realizou em 2001. O MS usa uma prevalência de 11% para pessoas acima de 40 anos. Na "Campanha Nacional de Detecção de Diabetes" houve a participação de 22.1 milhões de pessoas com mais de 40 anos e foram encontrados 346 mil novos casos de diabetes.  A campanha custou U$ 16 milhões e o custo para cada caso detectado foi de R$ 139,00 reais.

Mas outros benefícios podem ser observados com a utilização da caminhada dentro do panorama da prevenção principalmente dentro da terceira idade. O trabalho em grupo sempre é um reforço a adesão, um dos grandes pesadelos de todo tratamento, outro benefício é a própria interação entre os membros do grupo e os relacionamentos que acabam por tornar a atividade mais interessante e atrativa. Mas é claro quando introduzimos um conceito de saúde preventiva, estamos afetando muito mais que o indivíduo, mudando conceitos e formando multiplicadores desse hábito, construindo formadores de opinião que certamente irão influenciar a muitos outros a aderir a esta forma de cuidar da saúde, a prevenção. Dentre os muitos benefícios da caminhada regular temos a liberação do hormônio 5-HT (5-Hidroxitriptamina) que é responsável pela regulação do sono, minimizando os efeitos da depressão, estresse, obesidade, enxaqueca, esquizofrenia e a endorfina que atua principalmente nas sensações de relaxamento e prazer, euforia e bem estar, também ajudando nos mecanismos de memória, reforçam o sistema imunológico e tem efeitos antioxidantes (anti-envelhecimento), pois atuam removendo os superóxidos assim como reduzindo as lesões endoteliais. Também podemos citar o efeito de absorção do cálcio circulante através do sistema piezo-elétrico inerentes a atividade física em cadeia cinemática fechada e mineralização osteoblástica e reabsorção osteoclástica da matriz óssea com a manutenção de densidade óssea normal do esqueleto axial e apendicular, prevenindo e minimizando a possibilidade de evolução aos quadros de osteopenia ou osteoporose. É claro qu a caminhada realizada de forma regular se enquadra como atividade física e possui todos os benefícios de tal, melhora do condicionamento cardio-vascular- cárdio-pulmar, força muscular assim como aceleração do metabolismo com a queima da glicose a aceleração do fluxo sanguíneo com a prevenção da formação das placas de ateroma, regulando os índices de colesterol, tanto o considerado bom (HDL) como o que tem facilidade de acúmulo, considerado o mal colesterol (LDL). O aumento do fluxo respiratório também auxilia na prevenção o acúmulo de secreções nas vias aérias alta e baixa, mobilizando secreções pulmonares, diminuindo o risco ao desenvolvimento de quadros infecciosos, tal como a pneumonia. O ato de deambular ativamente sem auxílio, também atua sobre a idependência de muitos dos pacientes do programa, principalmente nos mais idosos, pouco estimulados, que ao longo dos anos perderam parte de sua idependência e mobilidade. Salvo as contra-indicações absolutas a caminhada orientada é uma ferramenta muito eficiente neste tipo de trabalho, principalmente junto a comunidades mais carentes e entre os mais velhos.

23 outubro 2008

Alzheimer..Saiba mais!

Entenda a doença

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por alterações da memória episódica. Estes défices amnésicos agravam-se com a progressão da doença, e são posteriormente acompanhados por défices visuo-espaciais e de linguagem. O início da doença pode muitas vezes dar-se com simples alterações de personalidade, com ideação paranóide.

Quadro Clínico

O déficit de memória costuma ser o sintoma mais evidente da Doença de Alzheimer, entretanto, não é o único nem, talvez, o mais incômodo. Outros sintomas que comprometem a capacidade cognitiva (de consciência), tais como as dificuldades na comunicação verbal, no reconhecimento de pessoas e objetos e na execussão de atividades comprometem severamente o nível de vida desses pacientes.
Por outro lado, o declínio progressivo da função cognitiva não é monopólio da Doença de Alzheimer e pode acontecer, inclusive, no processo de envelhecimento normal. Recentemente tem-se dito que na Doença de Alzheimer haveria, não um simples declínio da função cognitiva, cuja expressão sugere um processo fisiológico e normal do envelhecimento, mas sim, um prejuízo na função cognitiva incompatível com a idade do paciente.
Esse prejuízo cognitivo, característico da doença de Alzheimer, pode ser apenas num grau muito leve, com ligeiras confusões, até graus severos, onde o paciente perde a noção de orientação, de sua identidade... Esse grau mais severo, felizmente, costuma estar presente depois de 6-8 anos de evolução, calculando-se, grosseiramente, uma perda de cerca de 5 a 15% da cognição por ano, dependendo do caso.

Alzheimer e Depressão -fisiopatologia

Alzheimer_dementia_(3)_presenile_onsetImagem histopatológica de agregados da proteína beta-amilóide observados no córtex cerebral de um paciente com a doença de Alzheimer. Sombreamento metálico.

A Doença de Alzheimer é uma das diversas doenças cerebrais possivelmente reconhecidas como causa de depressão no idoso. Provavelmente não podemos considerar a Doença de Alzheimer um fator isolado na origem da Depressão no paciente demenciado.
Devemos considerar a Doença de Alzheimer como um fator a mais, no complexo mecanismo das causas médicas e neurológicas da depressão.
Os pacientes com Doença de Alzheimer que sofrem depressão, freqüentemente têm antecedentes familiares de Transtornos Depressivos (Harwoode, 1999), o que permite sugerir que os fatores hereditários são importantes na gênese dos sintomas depressivos dos pacientes com Doença de Alzheimer.
Não parece haver relação entre a freqüência dos alelos 4 da ApoE, o fator genético predisponente fundamental para o desenvolvimento da Doença de Alzheimer, e a depressão de início senil que surge com ou sem Doença de Alzheimer (Class, 1997; Forsel, 1997). A causa da depressão na Doença de Alzheimer continua sem esclarecimento.
Alguns estudos de neuroimagem funcional (PET e SPECT) implicam que existe um desajuste dos lobos frontais, mas isso pode acontecer tanto na depressão primaria como da depressão conseqüente à outros transtornos neurológicos.
Outros estudos histopatológicos demonstram mais degeneração do locus coeruleus e da substância negra em pacientes com demência e depressão em comparação com pacientes dementes mas sem depressão. Também está bem demonstrada na Doença de Alzheimer, o acometimento do locus coeruleus e dos núcleos da rafe, que são os locais onde nascem as vias ascendentes noradrenérgicas e serotoninérgicas, (Zubenko, 1988).
Ainda em relação à neuroimagem, a hiperintensidade de substância branca frontal se associa com índices de depressão mais altos em pacientes com demência. Obviamente são maiores em pacientes com demência vascular que na Doença de Alzheimer, ou na doença por corpos de Lewi difusos. A hiperintensidade occipital se associa com ausência de alucinações visuais e ilusões (Barber, 1998).
Com o SPECT também tem se encontrado uma relação significativa entre o nível de apatia e a hipo-perfusão cingulada anterior e temporo-parietal direita. Com PET se tem visto hipoperfusão nos córtex frontais superiores bilaterais e o cingulado anterior esquerdo (Craig, 1996; Ott, 1996; Hirono, 1998).
Pode ser que algumas alterações neuro-anatômicas típicas da Doença de Alzheimer sejam causas dos sintomas depressivos. Necropsias de pacientes com Doença de Alzheimer e depressão mostraram importantes reduções de bioaminas no locus coeruleus (noradrenalina), núcleos dorsais do rafe (serotonina), e na substância negra (dopamina) (Zweig, 1988; Zubenko, 1990).
Todo esse trajeto tem uma forte correlação anátomo-química (noradrenérgicos, serotoninérgicos e dopaminérgicos) da depressão. Os pacientes com Doença de Alzheimer também têm alterações estruturais no sistema límbico e na convexidade dos lóbulos frontais, e este substrato anatômico tem sido implicado na produção de sintomas depressivos (Robinsom, 1985).
Outra hipótese, que parece justificar o porque da depressão na Doença de Alzheimer não ser predominantemente grave, seria o déficit de acetilcolina produzido pela Doença de Alzheimer. Esse déficit de acetilcolina exerceria um fator protetor contra o desenvolvimento de sintomas depressivos graves e francos. Isso poderia explicar a taxa relativamente baixa de episódios depressivos maiores na Doença de Alzheimer, mesmo havendo tanto fatores ambientais e situacionais favorecendo essa ocorrência (Cummings, 1987).
Sabe-se, em relação a esse aspecto, que os agentes anticolinérgicos produzem euforia, e a administração de agentes colinérgicos pode precipitar depressão na Doença de Alzheimer (Goggim, 1979; Smith, 1980; Davis, 1987).

Evolução

A evolução da piora é em torno de 5 a 15% da cognição (consciência de si próprio e dos outros) por ano de doença, com um período em média de oito anos de seu início e seu último estágio. Com a progressão da doença passa a não reconhecer mais os familiares ou até mesmo a não realizar tarefas simples de higiene e vestir roupas. No estágio final necessita de ajuda para tudo. Os sintomas depressivos são comuns, com instabilidade emocional e choros. Delírios e outros sintomas de psicose são frequentes, embora difíceis de avaliar nas fases finais da doença, devido à total perda de noção de lugar e de tempo e da deterioração geral. Em geral a doença instala-se em pessoas com mais de 65 anos, mas existem pacientes com início aos quarenta anos, e relatos raros de início na infância, de provável cunho genético. Podem aparecer vários casos numa mesma família, e também pode acontecer casos únicos, sem nenhum outro parente afetado, ditos esporádicos.

Tratamento

O tratamento visa a confortar o paciente e retardar o máximo possível a evolução da doença. Algumas drogas são úteis no início da doença, e sua dose deve ser personalizada. São os inibidores da acetil-colinesterase, medicações que inibem a enzima responsável pela degradação da acetilcolina produzida e liberada por um núcleo na base do cérebro (núcleo basal de Meynert). A deficiência de acetilcolina é considerada epifenômeno da doença de Alzheimer, mas não é o único evento bioquímico/fisiopatológico que ocorre. Mais recentemente, um grupo de medicações conhecido por inibidores dos receptores do tipo NMDA (N-Metil-D-Aspartato) do glutamato entrou no mercado brasileiro, já existindo no europeu há mais de uma década. A memantina é tal droga, e sua ação dá-se pela inibição da ligação do glutamato, neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central a seus receptores. O glutamato é responsável por reações de excitotoxicidade com liberação de radicais livres e lesão tecidual e neuronal. Há uma máxima na medicina que diz que uma doença pode ser intratável, mas o paciente não.

Recentemente, um estudo conseguiu desenvolver um meio de reverter alguns sintomas do Mal de Alzheimer em questão de minutos.

19 outubro 2008

Exercícios para memória

Adultos com problemas de memória que participaram de um programa de atividade física em casa experimentaram uma melhoria na função cognitiva em comparação com aqueles que continuaram sedentários. A conclusão é de um estudo publicado na edição desta quarta-feira (3/9) do Journal of the American Medical Association (Jama).

Nicola Lautenschlager, da Universidade de Melbourne, na Austrália, e colegas conduziram um experimento controlado para verificar se a intervenção da atividade física seria capaz de reduzir o declínio cognitivo e o risco de demência entre 138 adultos com mais de 50 anos.

Todos os participantes haviam relatado problemas de memória e foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos, um de cuidados comuns e outro que incluía um programa de 24 semanas de atividades físicas.

O objetivo da intervenção, segundo os pesquisadores, era encorajar os participantes a realizar pelo menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada, divididos em três dias. A atividade mais freqüentemente recomendada foi caminhar.

O programa resultou em 142 minutos a mais de atividades físicas por semana quando comparado com o outro grupo. As funções cognitivas foram medidas por meio de uma escala usada em pacientes com Alzheimer, composta por uma série de testes, durante 18 meses.

Os cientistas verificaram que, ao fim do período, os participantes do grupo que se exercitou apresentaram maiores notas na escala, conhecida como Adas-Cog. Também apresentaram menores notas do que o outro grupo em um índice para medir demência.

“Pelo que sabemos, esse é o primeiro estudo a demonstrar que o exercício melhora a função cognitiva em adultos mais velhos com pequenas perdas cognitivas. Os benefícios da atividade física eram aparentes após seis meses e persistiram por pelos menos 12 meses após a intervenção ter terminado”, descreveram os autores.

“A média de melhoria 0,69 ponto na escala Adas-Cog em 18 meses, em comparação com o outro grupo, é pequena, mas importante potencialmente quando consideramos a quantidade relativamente modesta de atividade física a que os participantes se submeteram”, afirmaram.

Segundo eles, ao contrário de medicamentos, a atividade física tem a vantagem dos benefícios à saúde que não se restringem apenas à função cognitiva, mas em outros pontos como depressão, qualidade de vida, diminuição de quedas e função cardiovascular.

O artigo Physical activity for older adults at risk for Alzheimer disease, de Nicola Lautenschlager e outros, pode ser lido por assinantes da Jama em http://jama.ama-assn.org

10 outubro 2008

Terceira Idade - Atividade Física e Saúde no Idoso

…”Somos hoje um somatório de todas as nossas experiências de ontem e os anceios do amanhã. A cada manhã, ganhamos mais um dia para colocar em nossa mochila, uma nova possibilidade para fazer tudo mais interessante.Tudo bem! reconheço que as rugas de hoje não estavam aqui quando batia o sinal do recreio, os cabelos brancos não estavam quando afagados pelas mãos da que me gerou, mas a alegria essa é minha companheira fiel, com ou sem recreio, com ou sem cafuné. Sou a criança, sou o jovem e o adulto, sou todos em um só, sou velho, sou o que era e o que hei de ser, na realidade simplesmente assim, pois estou vivendo. Não sou de cristal, posso correr, comer, falar, rir, chorar, ser chato, legal, antenado, descuidado, posso lembrar e esquecer, posso tudo o que todos podem, sou velho e estou vivo e agora eu quero é mais!”.

image

Envelhecer não é sinônimo de incapacidade, nossos jovens da terceira idade estão prontos para serem estimulados, cada um dentro de suas capacidades e potencialidades. Assim do mesmo jeito que eu ou você! Não se prenda a velhos conceitos sobre os “velhos”, cabelos brancos não são sinal de experiência, nem todo velho é bonzinho, você é velho demais pra isso! e coisa e tal. É bem verdade que muitas coisas mudam ao longo dos anos, mas as possibilidades para viver bem e de forma saudável estão aí, a nossa mão, para utilizarmos em benefício dos que ainda sofrem com esse tal de preconceito, e infelizmente ainda tem sua maturidade roubada.

Dr. João Egidio

Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

INTRODUÇÃO

Esta publicação representa o posicionamento oficial e conjunto da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sobre atividade física e saúde em indivíduos idosos. O propósito deste documento é divulgar os conceitos atuais referentes ao tema de forma prática e objetiva, visando ampliar a recomendação da prática de atividade física pelos profissionais de saúde que lidam com indivíduos idosos. Os interessados em se aprofundar no tema devem consultar a bibliografia relacionada.

JUSTIFICATIVA

Com o advento de inúmeros medicamentos que permitiram maior controle e um tratamento mais eficaz das doenças infecto-contagiosas e crônico-degenerativas, aliados aos avançados métodos diagnósticos e ao desenvolvimento de técnicas cirúrgicas cada vez mais sofisticadas e eficientes, houve um aumento significativo da expectativa de vida do homem moderno. A conseqüência natural disto foi o aumento da vida média do homem que hoje se situa em torno de 66 anos (20 anos a mais do que em 1950). Atualmente, estima-se que a cada 10 indivíduos no mundo, um tenha mais de 60 anos, idade acima da qual o indivíduo é considerado idoso no nosso meio, segundo a Organização Mundial da Saúde.

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que se repete também aqui no Brasil. Segundo dados do IBGE, no ano de 2030 o Brasil terá a sexta população mundial em número absoluto de idosos. As doenças ligadas ao processo do envelhecimento levam a um dramático aumento dos custos assistenciais de saúde, além de importante repercussão social com grande impacto na economia dos países. A maioria das evidências mostra que o melhor modo de otimizar e promover a saúde no idoso é prevenir seus problemas médicos mais freqüentes. Estas intervenções devem ser direcionadas em especial na prevenção das doenças cardiovasculares (DCV), consideradas a principal causa de morte nesta faixa etária. Por outro lado, o sedentarismo, a incapacidade e a dependência são as maiores adversidades da saúde associadas ao envelhecimento. As principais causas de incapacidade são as doenças crônicas, incluindo as seqüelas dos acidentes vasculares encefálicos, as fraturas, as doenças reumáticas e as DCV, entre outras.

O Centro Nacional de Estatística para a Saúde estima que cerca de 84% das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos sejam dependentes para realizar as suas atividades cotidianas, constituindo-se no maior risco de institucionalização.

Estima-se que em 2020 ocorrerá um aumento de 84 a 167% no número de idosos com moderada ou grave incapacidade. Entretanto, a implantação de estratégias de prevenção, como a prática da atividade física (AF) regular e de programas de reabilitação poderão promover a melhora funcional e minimizar ou prevenir o aparecimento dessa incapacidade.

FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

O envelhecimento é um processo contínuo durante o qual ocorre um declínio progressivo de todos os processos fisiológicos. Mantendo-se um estilo de vida ativo e saudável pode-se retardar as alterações morfofuncionais que ocorrem com a idade.

Alterações Cardiovasculares do Envelhecimento

O aumento da expectativa de vida trouxe maiores conhecimentos acerca das alterações fisiológicas que ocorrem no aparelho cardiovascular e no sistema músculo esquelético. Permanece, contudo, a dificuldade quanto à definição da estreita fronteira entre envelhecimento normal e as alterações patológicas.

O envelhecimento encontra-se associado a alterações estruturais cardíacas que tendem a ser individualizadas. Ocorre o aumento da massa cardíaca da ordem de 1 a 1,5 g/ano, entre 30 e 90 anos de idade. As paredes do ventrículo esquerdo (VE) aumentam levemente de espessura bem como o septo interventricular, mesmo em ausência de DCV, mantendo no entanto, índices ecocardiográficos normais. Essas alterações estão relacionadas à maior rigidez da aorta, determinando aumento na impedância ao esvaziamento do VE, com conseqüente aumento da pós-carga. Paralelamente, há deposição de tecido colágeno, principalmente na parede posterior do VE. A infiltração colágena do miocárdio aumenta a rigidez do coração. A função sistólica mantém-se inalterada, ocorrendo por outro lado redução da complacência ventricular com prejuízo da função diastólica, determinando o prolongamento do tempo de relaxamento ventricular. É provável que esses achados estejam relacionados à diminuição da recaptação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático.

Com o envelhecimento, a modulação da função cardíaca pelo sistema nervoso autônomo (adrenérgico e vagal) diminui, ocorrendo declínio na resposta à estimulação adrenérgica do coração senescente. A resposta ß-adrenérgica reduzida (menor ativação neural e diminuição da densidade dos receptores ß-adrenérgicos) leva a menor cronotropismo, inotropismo e vasodilatação arterial. Em conseqüência, durante o exercício ocorre uma diminuição da freqüência cardíaca máxima (FCmáx) e do volume sistólico máximo (responsável por 50% da redução do VO2máx relacionadas à idade).

As artérias sofrem alterações na elasticidade, distensibilidade e dilatação. O esvaziamento ventricular dentro da aorta menos complacente favorece o aumento da pressão arterial sistólica, enquanto que o aumento da resistência arterial periférica determina um incremento progressivo da pressão arterial média. As paredes da aorta tornam-se mais espessas pela infiltração de colágeno, mucopolissacarídeos e deposição de cálcio, com descontinuação das lâminas elásticas. A velocidade da onda de pulso está aumentada, refletindo a redução da complacência vascular. A circulação periférica sofre alterações morfológicas e funcionais, tais como a redução da relação capilar/fibra muscular, menor diâmetro capilar e alteração da função endotelial. Especificamente, ocorre redução na liberação de óxido nítrico e menor resposta vasodilatadora dependente do endotélio, embora a resposta dos músculos lisos aos vasodilatadores diretos esteja inalterada.

Estas limitações cardiovasculares em conjunto levam à diminuição do débito cardíaco máximo que produz uma redução do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) da ordem de 0,4 a 0,5 mlokg-1omin-1oano-1 (i.e., 1% a cada ano no adulto). Embora características genéticas influenciem na taxa de declínio do VO2máx, a manutenção da AF regular pode desacelerar esta redução à metade.

Alterações Musculo-Esqueléticas no Idoso

O sistema neuromuscular no homem alcança sua maturação plena entre 20 a 30 anos de idade. Entre a 3ª e 4ª décadas a força máxima permanece estável ou com reduções pouco significativas. Em torno dos 60 anos, é observada uma redução da força máxima muscular entre 30 e 40%, o que corresponde a uma perda de força de cerca de 6% por década dos 35 aos 50 anos de idade e a partir daí, 10% por década.

No idoso ocorre também uma redução da massa óssea, mais freqüentemente em mulheres, que quando ocorre em níveis mais acentuados, caracteriza a osteoporose que pode predispor à ocorrência de fraturas.

Após os 35 anos há alteração natural da cartilagem articular que associada às alterações biomecânicas adquiridas ou não, provocam ao longo da vida degenerações diversas que podem levar à diminuição da função locomotora e da flexibilidade, acarretando maior risco de lesões.

EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NOS IDOSOS

A prática da AF é recomendada para manter e/ou melhorar a densidade mineral óssea e prevenir a perda de massa óssea. A AF regular exerce um efeito positivo na preservação da massa óssea, entretanto, ele não deve ser considerado como um substituto da terapia de reposição hormonal. A associação entre tratamento medicamentoso e AF é uma excelente maneira de se prevenir fraturas.

A AF regular melhora a força, a massa muscular e a flexibilidade articular, notadamente, em indivíduos acima de 50 anos. A treinabilidade do idoso (a capacidade de adaptação fisiológica ao exercício) não difere de indivíduos mais jovens.

A AF se constitui em um excelente instrumento de saúde em qualquer faixa etária, em especial no idoso, induzindo várias adaptações fisiológicas e psicológicas, tais como: - aumento do VO2máx - maiores benefícios circulatórios periféricos - aumento da massa muscular - melhor controle da glicemia - melhora do perfil lipídico - redução do peso corporal - melhor controle da pressão arterial em repouso - melhora da função pulmonar - melhora do equilíbrio e da marcha - menor dependência para realização de atividades diárias - melhora da auto-estima e da autoconfiança - significativa melhora da qualidade de vida

A AF regular diminui a incidência de quedas, o risco de fraturas e a mortalidade em portadores de doença de Parkinson. Para maior benefício, a AF nesses pacientes deve incluir treinamento de equilíbrio, caminhadas e exercícios de força.

A AF tem sido preconizada, também, para outras doenças neurológicas como esclerose múltipla e doença de Alzheimer.

A AF regular nos idosos - particularmente os exercícios nos quais se sustenta o próprio peso e exercícios de força - promove maior fixação de cálcio nos ossos, auxiliando na prevenção e no tratamento da osteoporose. Aumenta ainda a força e a endurance musculares, o equilíbrio e a flexibilidade, com a conseqüente diminuição da incidência de quedas, fraturas e suas complicações. Os idosos portadores de osteoartrose também podem e devem praticar AF regular, desde que adaptada à sua condição.

AVALIAÇÃO PRÉ-PARTICIPAÇÃO

Embora uma avaliação médica pré-participação seja fundamental, a impossibilidade de acesso a ela não deve impedir a adoção de um estilo de vida ativo. As alternativas de avaliação vão desde simples questionários até exames sofisticados. Os principais objetivos do exame clínico são: a identificação de doenças pregressas e atuais, a avaliação do estado nutricional, do uso de medicamentos, das limitações músculo-esqueléticas e do nível atual de AF.

Dentre os exames complementares, o mais importante é o teste ergométrico cujos objetivos principais são: determinação da tolerância ao esforço e detecção de isquemia miocárdica induzida pelo esforço. A razão fundamental para realização do teste ergométrico no idoso, ainda que assintomático e sem fatores de risco, é que a partir dos 55 anos o risco de doença arterial coronariana (DAC) excede 10%, conferindo grande valor diagnóstico ao teste, ou seja, um resultado normal reduz este risco para 2%, enquanto que um resultado alterado, o eleva para 90%. A realização do teste ergométrico pode incluir medidas da ventilação pulmonar e dos gases expirados (ergoespirometria), que permite a medida direta do consumo máximo de oxigênio, a determinação do limiar anaeróbico e uma melhor identificação da causa de intolerância ao esforço.

A avaliação pré-participação ideal deve incluir ainda testes de força muscular e de flexibilidade, análise postural e determinação da composição corporal. O objetivo conjunto destes testes é construir uma prescrição individualizada, favorecendo um maior ganho de qualidade de vida quando do envolvimento com atividades recreativas e otimizando o desempenho quando da prática de uma modalidade desportiva.

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS

Quando se considera a prescrição de exercícios para indivíduos idosos, deve-se contemplar - a exemplo de outras faixas etárias - os diferentes componentes da aptidão física: condicionamento cardiorrespiratório, endurance e força musculares, composição corporal e flexibilidade. Essa abordagem assegura a manutenção da mobilidade e da agilidade, prolongando a independência do idoso e melhorando a sua qualidade de vida.

Um programa de AF para o idoso deve estar dirigido para quebrar o ciclo vicioso do envelhecimento (Figura 1), aumentando a sua potência aeróbica máxima e diminuindo os efeitos deletérios do sedentarismo. Deve maximizar o contato social, reduzindo a ansiedade e a depressão, comuns nesta faixa etária.

A exemplo de outras intervenções médicas, a AF regular deve obedecer a alguns fundamentos, para assegurar a melhor relação risco/benefício. As principais variáveis a serem observadas para a prescrição são: modalidade, duração, freqüência, intensidade e modo de progressão. Entretanto, é importante enfatizar que o planejamento dos exercícios deve ser individualizado, levando em consideração os resultados da avaliação pré-participação e as co-morbidades presentes.

A escolha da modalidade de exercício deve valorizar acima de tudo as preferências pessoais e possibilidades do idoso. Após a avaliação pré-participação, uma ou mais modalidades podem ser contra-indicadas em decorrência de doenças encontradas no indivíduo. O lazer e socialização devem integrar um programa bem sucedido. Para que tal ocorra, as atividades devem ser sempre que possível em grupo e variadas.

Até há alguns anos atrás, a recomendação para a prescrição de exercícios predominantemente aeróbicos era de que os mesmos fossem realizados três a cinco vezes por semana, com duração de 20 a 30 minutos, com intensidade de leve a moderada. Alternativamente a esta prescrição formal, pode-se acumular 2.000 kcal ou mais de gasto energético semanal, o que reduz de forma expressiva a mortalidade geral e cardiovascular. Este gasto energético pode ser atingido tanto através de atividades programadas (por exemplo: caminhar, nadar, pedalar, hidroginástica) como também através de atividades do cotidiano e de lazer, como subir escadas, cuidar de afazeres domésticos, cuidar do jardim, dançar, etc.

Evidências mais recentes sugerem que atividades de intensidade acima de 4,5 equivalentes metabólicos (METs) proporcionam uma redução adicional da mortalidade geral e cardiovascular da ordem de aproximadamente 10%. Desta forma, sair da inatividade já traz consideráveis benefícios à saúde; entretanto, para aqueles que já praticam AF regularmente, incrementos de intensidade são capazes de gerar benefícios ainda maiores.

Entretanto, em alguns indivíduos idosos, a sua baixa capacidade funcional não permite a prescrição de exercícios da forma ideal. É, portanto, necessária uma fase inicial de adaptação na qual a intensidade e a duração serão determinadas em níveis abaixo dos ideais.

A AF deve ser iniciada por uma fase de aquecimento, exercícios de alongamento e de mobilidade articular, além da atividade principal em menor intensidade. O aquecimento é uma fase importante, pois diminui os riscos de lesões e aumenta o fluxo sanguíneo para a musculatura esquelética. A redução progressiva da intensidade do exercício é igualmente importante, por prevenir a hipotensão pós-esforço. Estes efeitos podem ser exacerbados nos idosos, pois estes apresentam mecanismos de ajustes hemodinâmicos mais lentos e freqüentemente utilizam medicamentos de ação cardiovascular.

A intensidade da fase aeróbica pode ser determinada através do percentual do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) ou da freqüência cardíaca máxima (FCmáx) previamente estabelecidos em um teste ergométrico ou estimadas através de fórmulas. O uso de medicamentos de ação cardiovascular pode alterar a relação entre FC e intensidade de esforço; nesse caso, pode-se utilizar a escala de percepção subjetiva do esforço (escala de Borg), uma excelente alternativa para qualquer indivíduo. Geralmente é recomendada uma intensidade moderada, como 40 a 75% do VO2máx ou 55 a 85% da FC máxima, o que corresponde em geral à escala de Borg de 3 a 5 ou de 12 a 13, conforme a escala preferida (0-10 ou 6-20, respectivamente). Deve-se observar que sessões com intensidade alta podem estar associadas a um maior risco de desistência, devido a desconforto muscular, especialmente nas fases iniciais de um programa de exercícios.

A duração da atividade varia de 30 a 90 minutos, guardando relação inversa com a intensidade. Os chamados "idosos frágeis" e indivíduos em fase inicial do programa de exercícios podem se beneficiar de sessões de curta duração (cinco a dez minutos) realizadas em dois ou mais períodos ao dia.

Idealmente, deve-se praticar exercícios na maioria - se possível em todos - os dias da semana. Desta forma, mais provavelmente pode-se atingir o gasto energético necessário para obtenção dos benefícios para a saúde.

Na fase inicial de um programa é importante dar segurança, educando quanto aos princípios do exercício e estimulando a auto-monitorização. É importante fazer com que o hábito do exercício se transforme em algo tão natural como por exemplo cuidar da própria higiene.

Para o treinamento da força e da endurance musculares, deve-se trabalhar os grandes grupos musculares. Duas a três séries de seis a 12 repetições aumentam tanto a força quanto a endurance musculares. Propõe-se a realização de duas a três vezes por semana, utilizando uma intensidade equivalente a aproximadamente 60% de uma repetição máxima.

Exercícios de alongamento devem ser realizados sem movimentos balísticos, com movimentos graduais até o ponto de ligeiro desconforto e devem acompanhar as sessões de exercícios aeróbicos e de força. É necessário um maior cuidado na execução dos movimentos, para minimizar o risco de lesões.

A segurança é primordial, não só do ponto de vista cardiovascular mas também em relação ao aparelho locomotor. É importante considerar a sua menor capacidade de adaptação a extremos de temperatura e maior dificuldade de regulação hídrica. Devemos orientar quanto ao vestuário e calçados, estimular a hidratação durante a atividade, e assegurar ambientes ventilados, bem iluminados, e com pisos antiderrapantes.

Finalmente, a AF deve ser incentivada e estimulada para indivíduos idosos, inclusive através de iniciativas do poder público e/ou privado, como já existente em várias cidades do Brasil, visto se constituir em excelente instrumento de promoção da saúde. Não existe nenhum segmento da população que obtenha mais benefícios com a AF do que os idosos.

RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS

Algumas recomendações devem ser observadas para segura e adequada realização de exercícios.

Recomendações para a realização de uma sessão de exercício físico § Realizar exercício somente quando houver bem-estar físico. § Usar roupas e calçados adequados. § Evitar o fumo e o uso de sedativos. § Não se exercitar em jejum. Dar preferência a carboidratos antes do exercício. § Respeitar os limites pessoais, interrompendo se houver dor ou desconforto. § Evitar extremos de temperatura e umidade. § Iniciar a atividade lenta e gradativamente para permitir adaptação. § Hidratação adequada antes, durante e após a atividade física.

CONCLUSÕES

1. A atividade física regular melhora a qualidade e expectativa de vida do idoso. 2. Um programa de atividade física para o idoso deve ser precedido de uma avaliação médica e também contemplar os diferentes componentes da aptidão física, incluindo exercícios aeróbicos, de força muscular, de flexibilidade e de equilíbrio.

3. O governo nos seus diferentes níveis, as instituições médicas e científicas, as entidades não governamentais e a mídia devem divulgar o conceito de que a atividade física é fundamental para a promoção da saúde do idoso e desenvolver ações objetivas e concretas para viabilizar a prática regular de atividade física orientada nessa faixa etária.

Este documento foi aprovado em reunião conjunta da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, realizada em Curitiba-PR, em 05 de novembro de 1999.

A SBME e a SBGG agradecem aos seguintes apoios: Iridium Brasil, Laboratórios Roche (TilatilÒ), TensorÒ, Unimed - Curitiba e Universidade do Esporte, Curitiba - PR.

BIBLIOGRAFIA

1. American College of Sports Medicine Position Stand on Osteoporosis and Exercise. Med Sci Sports Exerc 1995;27:i-vii.

2. American College of Sports Medicine. ACSM Position stand on exercise and physical activity for older adults. Med Sci Sports Exerc 1998;30:992-1008.

3. Blair SN, Kohl III HW, Paffenbarger Jr RS, Clark DG, Cooper KH, Gibbons LW. Physical fitness and all-cause mortality - a prospective study of healthy men and women. JAMA 1989;2395-2401.

4. Carvalho T, Nóbrega ACL, Lazzoli JK, Magni JRT, Rezende L, Drummond FA, et al. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde. Rev Bras Med Esporte 1996;2:79-81.

5. Fiatarone MA, Marks EC, Ryan ND, Meredith CN, Lipsitz LA, Evans WJ. High-intensity strength training in nonagenarians: effects on skeletal muscle. JAMA 1990;263:3029-34.

6. Fletcher GF, Balady G, Blair SN, Blumenthal J, Caspersen C, Chaitman B, et al. Statement on exercise: benefits and recommendations for physical activity programs for all americans - a statement for health professionals by the Committee on Exercise and Cardiac Rehabilitation of the Council on Clinical Cardiology, American Heart Association. Circulation 1996;94:857-62.

7. Lee I-M, Hsieh C-C, Paffenbarger Jr RS. Exercise intensity and longevity in men - the Harvard Alumni Health Study. JAMA 1995;273:1179-84.

8. Paffenbarger Jr RS, Hyde RT, Wing AL, Hsieh CC. Physical activity, all-cause mortality, and longevity of college alumni. N Engl J Med 1986;314:605-13.

9. Pate RR, Pratt M, Blair SN, Haskell WL, Macera CA, Bouchard C. Physical activity and public health - a recommendation from the Centers for Disease Control and Prevention and the American College of Sports Medicine. JAMA 1995;273:402-7.

10. Pollock ML, Mengelkoch L, Graves J, Lowenthal D, Limacher M, Foster C et al. Twenty-year follow-up of aerobic power and body composition of older track athletes. J Appl Physiol 1997;82:1508-16.

11. Spirduso WW. Physical fitness, aging and psychomotor speed: a review. J Gerontol 1980;35:850-865.

12. WHO Expert Committee. Report of a rehabilitation after cardiovascular diseases, with special emphasis on developing countries. Geneva: Bulletin of the World Health Organization 1993.

Observação - Este documento pode ser reproduzido e distribuído, desde que seja identificado claramente como um Posicionamento Oficial conjunto da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Se este documento for utilizado como referência, utilizar o seguinte formato: Nóbrega ACL, Freitas EV, Oliveira MAB, Leitão MB, Lazzoli JK, Nahas RM, et al. Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: Atividade física e saúde no idoso. Rev Bras Med Esporte 1999;5(6):207-11.

Para obter versão em inglês, favor contatar / English version available, please contact: Revista Brasileira de Medicina do Esporte rbme@mtec.com.br ou/or Editora Redprint redprint@uol.com.br

 

Data da Publicação: 03/05/2002

Copyright © 2003 - Saúde em Movimento
Permitida a reprodução total ou parcial para uso acadêmico com citação da fonte.
Proibida a reprodução total ou parcial para publicação em sites, jornais ou revistas sem prévia consulta.