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28 novembro 2008

Hipertensão aumenta entre jovens

Reflexo da adoção de hábitos de vida pouco saudáveis, a doença precisa ser tratada para evitar complicações futuras

Ao contrário do que muitos acreditam, a hipertensão não é um privilégio dos adultos. Nas últimas décadas, o número de jovens vítimas da doença vem crescendo. O aumento reflete a adoção de hábitos de vida nem sempre saudáveis, já que, nessa faixa etária, a doença geralmente está associada à alimentação incorreta e ao sedentarismo.
A hipertensão arterial é a doença crônica de maior prevalência no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), 30% da população brasileira pode ser considerada hipertensa. Desse total, 5% são crianças e adolescentes. Embora não existam dados disponíveis sobre a incidência somente entre jovens, o índice nessa faixa etária também cresce, conforme atestam especialistas.
Segundo o nefrologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Oswaldo Kohlmann, a hipertensão entre jovens cresce porque hoje a população está mais exposta aos fatores de risco, antecipando a manifestação da doença. "A hipertensão é uma doença de origem genética e geralmente leva cerca de 30 anos para se manifestar. No entanto, a inatividade física, a ingestão excessiva de sal, gordura, carboidratos e bebidas alcoólicas podem disparar o gatilho de desenvolvimento da hipertensão antes do tempo", explica.
A expectativa é que, até 2025, o número de hipertensos em países em desenvolvimento, como o Brasil, cresça 80%, segundo estudo realizado por especialistas da Escola de Economia de Londres, do Instituto Karolinska (Suécia) e da Universidade do Estado de Nova Iorque. Para reverter o quadro, os autores do estudo sugerem que os governos adotem as medidas preventivas, estimulando a alimentação saudável, a redução do consumo de sal, o combate ao fumo, a prática de exercícios e o controle de peso.
"Se a pressão arterial é pouco elevada, próxima do nível normal, apenas mudanças no estilo de vida podem ser suficientes para normalizá-la. Casos mais graves, no entanto, exigem o uso de medicamentos", esclarece Kohlmann.
Tratamento adequado reduz riscos - A hipertensão é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, a principal causa de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Tratar a doença pode reduzir em 40% a chance de ocorrência de derrame e em 20% a chance de infarto do miocárdio. Por isso, é importante educar sobre as conseqüências futuras da doença e estimular o diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Segundo a OMS, em média um ano após o diagnóstico, mais da metade dos pacientes abandona o tratamento e, daqueles que continuam a terapia, apenas 50% toma pelo menos 80% dos medicamentos prescritos. "A hipertensão é uma doença crônica e exige tratamento contínuo, mesmo que não apresente sintomas", explica o cardiologista e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Wille Oigman.
Como a hipertensão geralmente é acompanhada de outras doenças, os pacientes podem necessitar de vários medicamentos para manter a pressão e as outras patologias sob controle. "Medicamentos com menor chance de causar efeitos colaterais, que oferecem proteção por 24 horas e são ingeridos apenas uma vez ao dia podem reduzir as chances de abandono do tratamento", lembra o cardiologista.
É o que comprova um estudo clínico apresentado no último encontro da Sociedade Européia de Cardiologia. Segundo a pesquisa que acompanhou mais de 5,9 mil pacientes em 40 países, o uso do anti-hipertensivo telmisartana reduziu em 13% o risco de morte por problemas cardiovasculares. O estudo revelou ainda que, o grupo utilizando telmisartana apresentou menor taxa de interrupção do tratamento (pela melhor tolerabilidade da medicação), oferecendo ao paciente o benefício da proteção de longo prazo.

27 novembro 2008

Medir pressão todo dia. Estratégia para prevenção do Risco Cardíaco-UFRJ

A medição da pressão arterial no consultório médico pode ter pouca utilidade no prognóstico de quais pacientes hipertensos podem sofrer derrames e enfartes, segundo estudo publicado na segunda-feira por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Cerca de 10 a 30 por cento dos hipertensos não melhoram com o tratamento. Para eles, a medição da pressão em intervalos regulares de 24 horas pode resultar em um controle melhor da doença, de acordo com o estudo.

O médico Gil Salles e seus colegas estudaram 556 pacientes hipertensos que freqüentaram um ambulatório entre 1999 e 2004, sem reagir ao tratamento.

Os pacientes tinham sua pressão monitorada por um aparelhinho em intervalos regulares, durante 24 horas, e eram submetidos a três ou quatro avaliações anuais, até dezembro de 2007.

Após cinco anos, 19,6 por cento havia tido algum tipo de problema cardíaco, letal ou não.

Os pesquisadores concluíram que as medições de pressão feitas no ambulatório não previam esses incidentes, enquanto o monitoramento ao longo de períodos de 24 horas o fazia. As medições feitas durante a noite eram especialmente reveladoras.

"Este estudo tem importantes implicações clínicas", disse Salles em nota divulgada junto com a publicação do estudo na revista Archives of Internal Medicine.

A hipertensão, se não for tratada a tempo, pode provocar enfartes, derrames e outros problemas graves. Baseando-se em eventuais momentos de piora, especialmente noturnos, os médicos podem indicar uma estratégia mais agressiva para o tratamento.

As medições feitas nos consultórios são frequentemente distorcidas pelo "efeito jaleco branco", em que a mera presença no consultório médico afeta a leitura. Por isso, algumas entidades médicas dão preferência ao monitoramento doméstico da pressão.

17 novembro 2008

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Conhecido popularmente como "derrame cerebral", o Acidente Vascular Cerebral (designado pela sigla AVC pelos médicos) é a terceira causa de morte em vários países do mundo e a principal causa de incapacitação física e mental.

O nosso cérebro é uma estrutura complexa e extremamente sensível. O cérebro é o centro de comando da vida – sem ele você não seria capaz de pensar, não seria capaz de sentir, não seria capaz de lembrar, não teria emoções. O cérebro faz de você um ser humano.

Para manter essa estrutura em funcionamento perfeito e contínuo, o cérebro é irrigado por sangue – é através do sangue que chegam ao cérebro o oxigênio que respiramos e os nutrientes que o mantêm vivo.

No entanto, por várias razões, em algum momento esse fluxo de sangue pode ser interrompido levando a uma alteração do funcionamento de determinada área do cérebro. Essa interrupção do fluxo sanguíneo é chamada de isquemia cerebral. Quando isso acontece por um certo período de tempo, aquela região do cérebro é lesionada. Essa lesão cerebral é chamada de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Algumas vezes, o paciente apresenta sintomas neurológicos que duram menos de 24 horas, geralmente minutos, como dificuldade para falar, visão dupla, vertigem e fraqueza ou formigamento em uma metade do corpo. Em outras ocasiões, os sintomas do Acidente Vascular Cerebral podem melhorar espontaneamente em poucos dias. Situações como essas ocorrem em conseqüência de uma isquemia cerebral transitória.

É importante conhecer os sintomas da isquemia cerebral transitória, pois podem anteceder em dias ou semanas o verdadeiro AVC. Os principais sintomas incluem:

  • fraqueza muscular,
  • paralisia,
  • perda da sensibilidade e formigamento,
  • dificuldade para articular as palavras,
  • dificuldade para elaborar a linguagem ou para compreender a linguagem,
  • sintomas visuais como visão dupla, ou perda do campo visual à direita ou à esquerda.

TIPOS:

  • Isquêmico: quando não há passagem de sangue para determinada área, por uma obstrução no vaso ou redução no fluxo sangüíneo do corpo.
  • Hemorrágico: quando o vaso sangüíneo se rompe, extravasando sangue.

FATORES DE RISCO PARA O AVC:

Como já vimos, fator de risco é aquele que pode facilitar a ocorrência do AVC. É imprescindível a sua caracterização e devida correção, pois quase toda a prevenção do AVC é baseada no combate aos fatores de risco. Os principais são:

Pressão Arterial: é o principal fator de risco para AVC. Na população, o valor médio é de "12 por 8"; porém, cada pessoa tem o um valor de pressão, que deve ser determinado pelo seu médico. Para estabelecê-lo, são necessárias algumas medidas para que se determine o valor médio. Quando este valor estiver acima do normal daquela pessoa, temos a hipertensão arterial. Tanto a pressão elevada quanto a baixa são prejudiciais, A melhor solução é a prevenção! Devemos entender que qualquer um de nós pode se tornar hipertenso. "Não é porque mediu uma vez, estava boa e nunca mais tem que se preocupar"! Além disso, existem murtas pessoas que tomam corretamente a medicação determinada porém uma só caixa! A pressão está boa e, então, cessam a medicação. Ora, a pressão está boa justamente porque está seguindo o tratamento! Geralmente, é preciso cuidar-se sempre, para que ela não suba inesperadamente. A hipertensão arterial acelera o processo de aterosclerose, além de poder levar a uma ruptura de um vaso sangüíneo ou a uma isquemia

DoençaCardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVC. "Se o coração não bater direito"; vai ocorrer uma dificuldade para o sangue alcançara cérebro, além dos outros órgãos, podendo levara uma isquemia. As principais situações em qúe isto pode ocorrer são: arritmias, infarto do miocárdio, doença de Chagas, problemas nas válvulas etc.

Colesterol: o colesterol é uma substância existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras animais; ele é produzido principalmente no fígado e adquirido através da dieta rica em gorduras. Seus níveis alterados, especialmente a elevação da fração LDL (mau colesterol, presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de ovo etc.) ou a redução da fração HDL (bom colesterol) estão relacionados à formação das placas de aterosclerose.

Fumo: sempre devemos evitá-lo; é prejudicial à saúde em todos os aspectos, principalmente naquelas pessoas que já têm outros fatores de risco aqui cita dos. Acelera o processo de aterosclerose, torna o sangue mais grosso (concentrado) ao longo dos anos (aumentando a quantidade de glóbulos vermelhos) e aumenta o risco de hipertensão arterial
(Determine sua dependência ao fumo).

Uso excessivo de bebidas alcoólicas: quando isso ocorre por murta tempo, os niveis de colesterol se elevam; além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.

Diabetes Mellitus: é uma doença em que o nível de açúcar (glicose) no sangue está elevado. A medida da glicose no sangue é o exame de glicemia. Se um portador desta doença tiver sua glicemia controlada, tem AVC menos grave do que aquele que não o controla.

Idade: quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade de ter um AVC. Isso não impede que uma pessoa jovem possa ter.

Sexo: até os 51 anos de idade os homens ter maior propensão do que as mulheres; depois desta idade, o risco praticamente se iguala.

Raça: é mais freqüente na raça negra.

Históriade doença vascular anterior: pessoas que já tiveram AVC, "ameaça de derrame", infarto do miocárdio (coração) ou doença vascular de membros (Trombose etc.), tem maior probabilidade de ter um AVC.

Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indiretamente, aumenta o risco de AVC.

Sangue muito concentrado: isso ocorre, por exemplo, quando a pessoa fica desidratada gravemente ou existe um aumento dos glóbulos vermelhos. Este último ocorre em pessoas que apresentam doenças pulmonares crônicas (quer dizer, por muitos anos), ou que vivem em grandes altitudes. Em ambos os casos, o organismo precisa compensar a falta de oxigênio, aumentando a produção dos glóbulos vermelhos, para não deixar "escapar" qualquer oxigênio que chega aos pulmões.

Anticoncepcionais hormonais: os mais utilizados são as pilulos mas o médico deve avaliar e orientar cada caso. Atualmente se acredita que as pílulas com baixo teor hormonal, em mulheres que não fumam e não tenham outros fatores de risco, não aumentam a probabilidade de aparecimento de AVC.

Sedentarismo: a falta de atividades físicas leva à obesidade, predispondo ao diabetes, à hipertensão e o aumento do colesterol.

Sinais de alarme do Acidente Vascular Cerebral

O AVC é uma urgência neurológica e deve ser tratado imediatamente depois que acontece. Mas é possível prever que esse acidente está para acontecer. Lembre-se: o corpo fala. É importante conhecer os sintomas mais freqüentes desse tipo de acidente:

  • Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
  • Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;
  • Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos;
  • Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular e expressar ou para compreender a linguagem;
  • Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
  • Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.

Prevenção de um novo Acidente Vascular Cerebral

É muito importante identificar as pessoas com risco de recorrência de AVC. Cerca de 10 por cento das pessoas que sofreram um AVC têm risco de voltarem a apresentar novo AVC no primeiro ano após o evento. Após o primeiro ano, esse risco diminui, mas é preciso atenção especial nos casos de pessoas que têm algum tipo de doença cardíaca.

“A mudança no estilo de vida é muito importante”.

Uma vida mais ativa, com atividades físicas regulares, dieta rica em frutas e fibras e pobre em gorduras ajudam a perder peso, diminuir os níveis de colesterol e controlar a pressão arterial. A diminuição de sal na dieta ajuda a diminuir a pressão arterial e a prevenir o AVC.

A diminuição de álcool e a abstenção de fumo podem, também, ajudar a prevenir o AVC. O consumo de álcool e o tabagismo aumentam o risco de um AVC. É extremamente importante que você abandone o fumo. No entanto, a ingestão de pequenas quantidades de álcool junto às refeições, especialmente de vinho tinto, é comprovadamente um hábito que contribui para a prevenção do AVC.

06 novembro 2008

Risco Cardiovascular e caminhada orientada: Estratégias e benefícios.

Uma das maiores preocupações do fisioterapeuta ao elaborar um plano de tratamento deve ser a adequação as reais condições bio-psico-socias do paciente, de forma a possibilitar a máxima adesão. Neste ponto e levando em consideração a grande multidão de pessoas de baixo poder aquisitivo que chegam ao atendimento todos os dias é fácil perceber a importância de um tratamento que esteja ao alcance do paciente, criando um ciclo terapêutico que não se limite apenas ao consultório mas se estenda ao lar e as atividades de vida diária do indivíduo. Recursos de baixo custo e de fácil reprodução devem estar incluídos em um processo terapêutico. Vida Saudável o melhor remédio

Como estratégia de prevenção do risco cardiovascular e metabólico associado a hipertensão arterial e o diabetes, foi implementado junto a comunidades periféricas de Cabo frio – RJ, um trabalho de prevenção através da atividade física de impacto, com foco na terceira idade. Temos visto  que, as ações em saúde, e as diversas iniciativas governamentais, tendem a se concentrar em determinadas áreas, principalmente as mais desenvolvidas, indo de encontro a necessidade das comunidades da periferia, dos que estão deslocados do centro e conseqüentemente do acesso fácil a saúde. A caminhada orientada atua de forma eficiente e eficaz trazendo o conceito de prevenção para uma realidade de vida e auxiliando diretamente no controle e prevenção da HAS e do Diabetes.

Nas questões relacionadas ao aparelho circulatório podemos citar os dados sobre mortalidade do Ministério da Saúde (2004) registram 265 mil mortes por doenças do aparelho circulatório, o que representa 30% das causas de morte dos brasileiros. Metade delas está relacionada à hipertensão não-controlada. Relatório anual da OMS (World Health Report 2003) aponta a hipertensão como o terceiro principal fator de risco associado à mortalidade mundial: perde apenas para sexo inseguro e desnutrição. A hipertensão está presente em 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes no Brasil: são 3,5 milhões de crianças e adolescentes que precisam de tratamento. Diversos estudos levantaram a prevalência da hipertensão juvenil. No Rio de Janeiro ela está em torno de 7%. Em Belo Horizonte e Florianópolis é de 12%. Em Salvador, 4% das crianças e adolescentes têm hipertensão arterial.

Caracterizada pela elevação da pressão do sangue nas artérias, a doença atinge 600 milhões de pessoas no mundo inteiro. Uma pessoa é considerada hipertensa quando possui pressão arterial igual ou maior que 14 por 9 com certa freqüência. A doença ocorre devido à contração dos vasos sanguíneos arteriais, por onde o sangue circula. Em alguns pacientes as causas da hipertensão permanecem desconhecidas e somente em 5% dos casos é possível a identificação definitiva do agente causador: alterações ou obstruções das artérias renais. O problema se manifesta geralmente a partir dos 30 anos e atinge tanto homens quanto mulheres.

O diabetes mellitus, popularmente conhecida apenas por DIABETES, é um distúrbio do metabolismo que afeta primeiramente os açúcares (glicose e outros), mas que também tem repercussões importantes sobre o metabolismo das gorduras (lípides) e das proteínas. Muita gente pensa que o diabetes é uma doença simples e benigna, um probleminha banal de "açúcar alto no sangue". Na verdade, infelizmente não é bem assim. O diabetes é uma disfunção que, se não tratada e bem controlada, acaba produzindo, com o correr do tempo, lesões graves e potencialmente fatais, como o infarto do miocárdio, derrame cerebral, cegueira, impotência, nefropatia, úlcera nas pernas e até amputações de membros. Por outro lado, quando bem tratado e bem controlado, todas essas complicações crônicas podem ser evitadas e o paciente diabético pode ter uma vida perfeitamente normal. Recentemente, foi concluído um grande estudo, nos Estados Unidos, o qual demonstrou que o Controle adequado do diabetes é, realmente, o único caminho para se evitar as complicações mencionadas. Essa foi a conclusão do Diabetes Control and Complications Trial - D.C..C..T.

Entre 1986 e 1989, com o apoio da SBD, o Ministério da Saúde e o CnPq realizaram um censo nacional sobre a prevalência de diabetes no Brasil. Este estudo mostrou uma prevalência de 7.6% na população entre 30 e 69 anos. Um dado importante foi de que 50% das pessoas não conheciam o diagnóstico. Em várias ocasiões tem sido discutida a realização de um novo estudo, mas existem opiniões discordantes devido ao alto custo (o de 1986 custou US$ 2.5 milhões).  
O Ministério da Saúde, pela sua Secretária de Atenção à Saúde, vem trabalhando com 11 milhões de pessoas com diabetes a partir de um estudo de rastreamento de diabetes e hipertensão que realizou em 2001. O MS usa uma prevalência de 11% para pessoas acima de 40 anos. Na "Campanha Nacional de Detecção de Diabetes" houve a participação de 22.1 milhões de pessoas com mais de 40 anos e foram encontrados 346 mil novos casos de diabetes.  A campanha custou U$ 16 milhões e o custo para cada caso detectado foi de R$ 139,00 reais.

Mas outros benefícios podem ser observados com a utilização da caminhada dentro do panorama da prevenção principalmente dentro da terceira idade. O trabalho em grupo sempre é um reforço a adesão, um dos grandes pesadelos de todo tratamento, outro benefício é a própria interação entre os membros do grupo e os relacionamentos que acabam por tornar a atividade mais interessante e atrativa. Mas é claro quando introduzimos um conceito de saúde preventiva, estamos afetando muito mais que o indivíduo, mudando conceitos e formando multiplicadores desse hábito, construindo formadores de opinião que certamente irão influenciar a muitos outros a aderir a esta forma de cuidar da saúde, a prevenção. Dentre os muitos benefícios da caminhada regular temos a liberação do hormônio 5-HT (5-Hidroxitriptamina) que é responsável pela regulação do sono, minimizando os efeitos da depressão, estresse, obesidade, enxaqueca, esquizofrenia e a endorfina que atua principalmente nas sensações de relaxamento e prazer, euforia e bem estar, também ajudando nos mecanismos de memória, reforçam o sistema imunológico e tem efeitos antioxidantes (anti-envelhecimento), pois atuam removendo os superóxidos assim como reduzindo as lesões endoteliais. Também podemos citar o efeito de absorção do cálcio circulante através do sistema piezo-elétrico inerentes a atividade física em cadeia cinemática fechada e mineralização osteoblástica e reabsorção osteoclástica da matriz óssea com a manutenção de densidade óssea normal do esqueleto axial e apendicular, prevenindo e minimizando a possibilidade de evolução aos quadros de osteopenia ou osteoporose. É claro qu a caminhada realizada de forma regular se enquadra como atividade física e possui todos os benefícios de tal, melhora do condicionamento cardio-vascular- cárdio-pulmar, força muscular assim como aceleração do metabolismo com a queima da glicose a aceleração do fluxo sanguíneo com a prevenção da formação das placas de ateroma, regulando os índices de colesterol, tanto o considerado bom (HDL) como o que tem facilidade de acúmulo, considerado o mal colesterol (LDL). O aumento do fluxo respiratório também auxilia na prevenção o acúmulo de secreções nas vias aérias alta e baixa, mobilizando secreções pulmonares, diminuindo o risco ao desenvolvimento de quadros infecciosos, tal como a pneumonia. O ato de deambular ativamente sem auxílio, também atua sobre a idependência de muitos dos pacientes do programa, principalmente nos mais idosos, pouco estimulados, que ao longo dos anos perderam parte de sua idependência e mobilidade. Salvo as contra-indicações absolutas a caminhada orientada é uma ferramenta muito eficiente neste tipo de trabalho, principalmente junto a comunidades mais carentes e entre os mais velhos.

24 outubro 2008

Expectativa de vida sobe 3,4 anos em uma década no Brasil

A Síntese de Indicadores Sociais 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que houve um aumento de 3,4 anos na expectativa de vida do brasileiro de 1997 para 2007. A expectativa de vida passou de 69,3 para 72,7 anos.

Em 1997, a expectativa de vida das mulheres era de 73,2 anos, e a dos homens, 65,5 anos. Em 2007, a expectativa de vida das mulheres era de 76,5 anos, e a dos homens, 69 anos.

De acordo com o IBGE, o aumento absoluto e relativo da população idosa é conseqüência do crescimento da esperança de vida ao nascer combinado com a queda do nível geral da fecundidade.

A taxa bruta de mortalidade, que representa a freqüência com que ocorrem os óbitos em uma população, caiu de 6,60 por mil habitantes em 1997, para 6,23 por mil em 2007. A taxa de fecundidade total manteve a tendência de queda, e passou de 2,54 para 1,95 filho em média por mulher, no mesmo período.

A melhoria das condições de habitação, particularmente o aumento relativo do número de domicílios com saneamento básico adequado, e a ampliação da cobertura dos serviços de saúde têm contribuído para reduzir as mortes infantis, segundo o IBGE. De acordo com a pesquisa, a taxa de mortalidade infantil permanece em queda, passando de 35,20 por mil para 24,32 por mil, entre 1997 e 2007. O Rio Grande do Sul foi o Estado que registrou a menor taxa de mortalidade infantil (13,50 por mil) e Alagoas, com 50 por mil, apresentou a mais elevada, em 2007.

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A mudança no topo da pirâmide mostra o aumento da expectativa de vida
Segundo o IBGE, a pesquisa reúne principalmente dados da Pesquisa Nacional para Amostra de Domicílios (PNAD) e utiliza dados do registro civil, entre outras fontes.
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Fonte: Redação Terra, 24/9/2008.
http://noticias.terra.com.br:80/brasil/interna/0,,OI3204204-EI306,00.html

18 outubro 2008

Hiertensão Arterial, o risco matinal…

A informação sugere que os pacientes fiquem atentos ao controle da pressão arterial, especialmente nas primeiras horas do dia, já que a incidência do infarto do miocárdio pela manhã é três vezes superior que o período noturno

Um alerta aos hipertensos e potenciais vítimas de distúrbios cardiovasculares: controlar a pressão arterial, especialmente no período da manhã, é mais que necessário, pode ser determinante para a sobrevivência. É o que sinalizam os mais recentes estudos científicos em todo o mundo, que chegaram à conclusão de que o pico de incidência de eventos cardiovasculares está associado à elevação da pressão arterial que ocorre ao despertar e ao iniciar as atividades do dia.

Conhecido no universo acadêmico como elevação matinal da pressão arterial, este tipo de evento pode ser fatal para o hipertenso. Cerca de 85% das vítimas de derrame sofrem de pressão alta; entre as vítimas de infarto do miocárdio, de 40% a 60% têm hipertensão associada. Outros distúrbios mais freqüentes relacionados a pacientes hipertensos são a isquemia miocárdica e a morte súbita de origem cardiovascular, que tem vitimado um número cada vez maior de pessoas com perfis diversos - inclusive jovens e atletas.

Estudos evidenciam que a morbidade e mortalidade por doença cardíaca isquêmica são muito mais elevadas entre 8 e 12h. Para o cardiologista Otávio Rizzi Coelho, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (São Paulo), tratar a hipertensão pode reduzir em 40% as chances de morte por derrame cerebral e em 20% por infarto do miocárdio. "O medicamento ideal da hipertensão é o que permite o controle da pressão ao longo de 24 horas, protegendo o paciente durante todo o dia, inclusive nas primeiras horas da manhã", afirma o especialista, ressaltando ainda que um dos principais benefícios do tratamento é o de evitar a ocorrência do derrame cerebral.

A incidência do infarto do miocárdio (IAM) pela manhã, com pico em torno das 9 horas, é três vezes superior à incidência no período noturno, segundo pesquisadores. Estudos sobre a ocorrência de morte súbita revelam a incidência crescente deste evento após as 3 horas da manhã, com pico às 9 horas, decrescendo depois das 15 horas.

Importância do tratamento
Comparações estatísticas da ocorrência de acidentes cardiovasculares no período matutino apontaram a elevação gradativa da pressão arterial como fator decisivo na freqüência dos acidentes. Os médicos alertam que as chances de sofrer um derrame ou ataque cardíaco são maiores ainda para os hipertensos. A Sociedade Brasileira de Hipertensão estima que 26 milhões de brasileiros são hipertensos e somente cerca de 2,7 milhões estão em tratamento. Conhecida como "doença silenciosa", por não apresentar sintomas evidentes, o desconhecimento da condição clínica é um dos principais agravantes que impedem o tratamento adequado. "Pior são os que sabem ser hipertensos e não iniciam ou abandonam o tratamento antes do período indicado", alerta Rizzi.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, 21,6% da população com 18 anos ou mais é hipertensa. Isso representa cerca de 26,5 milhões de pessoas que sabem que têm a doença: destas, apenas 5.076.631 estão no Sistema Nacional de Cadastro e Monitoramento de Hipertensos e Diabéticos (Sis-Hiperdia).

A hipertensão em números
Caracterizada pela elevação da pressão do sangue nas artérias, a doença atinge 600 milhões de pessoas no mundo inteiro. Uma pessoa é considerada hipertensa quando possui pressão arterial igual ou maior que 14 por 9 com certa freqüência. A doença ocorre devido à contração dos vasos sanguíneos arteriais, por onde o sangue circula. Em alguns pacientes as causas da hipertensão permanecem desconhecidas e somente em 5% dos casos é possível a identificação definitiva do agente causador: alterações ou obstruções das artérias renais. O problema se manifesta geralmente a partir dos 30 anos e atinge tanto homens quanto mulheres.

Dados sobre mortalidade do Ministério da Saúde (2004) registram 265 mil mortes por doenças do aparelho circulatório, o que representa 30% das causas de morte dos brasileiros. Metade delas está relacionada à hipertensão não-controlada. Relatório anual da OMS (World Health Report 2003) aponta a hipertensão como o terceiro principal fator de risco associado à mortalidade mundial: perde apenas para sexo inseguro e desnutrição. A hipertensão está presente em 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes no Brasil: são 3,5 milhões de crianças e adolescentes que precisam de tratamento. Diversos estudos levantaram a prevalência da hipertensão juvenil. No Rio de Janeiro ela está em torno de 7%. Em Belo Horizonte e Florianópolis é de 12%. Em Salvador, 4% das crianças e adolescentes têm hipertensão arterial.

29 setembro 2008

Hipertensão! Saiba mais…

 

HIPERTENSÃO ARTERIAL - INTRODUÇÃO

imageO coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.

Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.

Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea sofrem a influência pessoal e ambiental.

O que é?

Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.

Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.

Cuidados para medir a pressão arterial

Alguns cuidados devem ser tomados, quando se verifica a pressão arterial:

  • repouso de 15 minutos em ambiente calmo e agradável
  • a bexiga deve estar vazia (urinar antes)
  • após exercícios, álcool, café ou fumo aguardar 30 minutos para medir
  • o manguito do aparelho de pressão deve estar firme e bem ajustado ao braço e ter a largura de 40% da circunferência do braço,sendo que este deve ser mantido na altura do coração
  • não falar durante o procedimento
  • esperar 1 a 2 minutos entre as medidas
  • manguito especial para crianças e obesos devem ser usados
  • a posição sentada ou deitada é a recomendada na rotina das medidas
  • vale a medida de menor valor obtido

O que significa a medida da pressão arterial?


Quando sua pressão arterial é medida, dois números são anotados, tais como 140/90. O maior número, chamado pressão arterial sistólica, é a pressão do sangue nos vasos, quando o coração se contrai, ou bombeia, para impulsionar o sangue para o resto do corpo. O menor número, chamado pressão diastólica, é a pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento (diástole).

Níveis de pressão arterial

A pressão arterial é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassar a 130 e a diastólica (mínima) for inferior a 85 mmHg.

De acordo com a situação clínica, recomenda-se que as medidas sejam repetidas pelo menos em duas ou mais visitas clínicas.

No quadro abaixo, vemos as variações da pressão arterial normal e hipertensão em adultos maiores de 18 anos em mmHg:

image

Hipertensão sistólica ou máxima

No Brasil 10 a 15% da população é hipertensa. A maioria das pessoas desconhece que são portadoras de hipertensão.

A hipertensão arterial pode ser sistólica e diastólica (máxima e mínima) ou só sistólica (máxima). A maioria desses indivíduos, 95%, tem hipertensão arterial chamada de essencial ou primária (sem causa) e 5% têm hipertensão arterial secundária a uma causa bem definida.

O achado de hipertensão arterial é elevado nos obesos 20 a 40%, diabéticos 30 a 60%, negros 20 a 30% e idosos 30 a 50%. Nos idosos, quase sempre a hipertensão é só sistólica ou máxima.

Apesar de atingir 30% dos brasileiros adultos, ser responsável por 40% dos enfartes e 80% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC), a hipertensão tem baixa adesão dos pacientes ao tratamento. Apenas 10% dos hipertensos fazem o controle adequado da pressão, indica pesquisa do nefrologista Décio Mion, chefe da Unidade de Hipertensão do Hospital das Clínicas (HC). O preço dos medicamentos e a atenção dos médicos são alguns dos fatores que explicam a situação.  

Hipertensão arterial sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas.

  • No sistema nervoso central podem ocorrer infartos, hemorragia e encefalopatia hipertensiva.
  • No coração, pode ocorrer cardiopatia isquêmica (angina), insuficiência cardíaca, aumento do coração e, em alguns casos, morte súbita.
  • Nos pacientes com insuficiência renal crônica associada sempre ocorre nefroesclerose.
  • No sistema vascular, pode ocorrer entupimentos e obstruções das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores.
  • No sistema visual, há retinopatia que reduz muito
  Sintomas

A hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente. Quando estes ocorrem, são vagos e comuns a outras doenças, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjôos, falta de ar e sangramentos nasais.

Esta falta de sintomas pode fazer com que o paciente esqueça de tomar o seu medicamento ou até mesmo questione a sua necessidade, o que leva a grande número de complicações

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Hipertensão Arterial do Avental Branco

Hipertensão Arterial do Avental Branco é a situação na qual a média da pressão arterial determinada através de Monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA) ouMonitorização residencial de pressão arterial (MRPA) está normal e a medida de pressão arterial em consulta médica está elevada.

Hipertensão Arterial Mascarada

Hipertensão Arterial Mascarada ou Normotensão do Avental Branco é a situação na qual a média da pressão arterial determinada através de MAPA ou MRPA está elevada e a medida de pressão arterial em consulta médica está normal.

 

Que fatores podem estar relacionados á pressão alta?

- História familiar
Pessoas que têm familiares com pressão arterial elevada têm maior chance de serem hipertensas. Se for o seu caso comunique ao médico.
- Idade
Pressão alta ocorre na maioria dos casos em pessoas acima de 35 anos. O risco aumenta com a idade.
- Raça
A pressão alta é mais comum em pessoas de raça negra do que nas de raça branca.
- Sal
A ingestão excessiva de sal predispõe ao aumento da pressão arterial, por reter líquidos e dilatar o vaso sanguíneo.
- Obesidade
Pessoas com excesso de peso têm maior probabilidade de desenvolver a hipertensão. Procure saber qual é seu peso normal em relação a sua idade, altura e sexo e, se você estiver acima deste peso, consulte seu médico e nutricionista sobre um programa de exercícios e dieta adequada para uma perda gradual de peso.
- Diabetes
Pessoas com diabetes muitas vezes também sofrem de hipertensão. Esta combinação aumenta o risco de doenças cardíacas e renais.
- Abuso de álcool
Estudos demonstraram que o abuso de álcool pode estar associado à pressão alta. O significado de "abuso" pode diferenciar de pessoa para pessoa, dependendo do peso, hábitos alimentares e hereditariedade. De qualquer maneira recomenda-se moderação.
- Vida sedentária
Um estilo de vida sem exercícios regulares aumenta a probabilidade de excesso de peso, significando um fator de risco para o desenvolvimento da hipertensão.
- Cigarro
O hábito de fumar é um fator de contribuição para elevar a pressão arterial.

Porque a pressão arterial alta é um problema?


A maioria das pessoas não têm sintomas. Por isso é chamada de "doença silenciosa". Apesar da ausência de sintomas, pressão arterial elevada pode causar danos a seu corpo.

Como está sua pressão arterial?


O único meio de você saber é a checagem de sua pressão arterial por um profissional da área de saúde. Cada vez que você checar sua pressão arterial, anote no cartão de controle.