19 março 2009

AVC.. saiba mais!

A morte do estilista e deputado federal, Clodovil Hernandes, reabriu a discussão sobre os riscos do AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente conhecido como derrame cerebral. O assunto virou notícia e foco de debates em vários grupos sociais.


Quem já foi vítima da doença intensifica os cuidados para evitar uma repetição. Aqueles que se enquadram nos grupos de risco tentam encontrar alternativas para diminuir as chances de ocorrência. Outros buscam informações para se prevenir e evitar problemas futuros.
O AVC é uma das maiores causas de internação e morte no Brasil. De acordo com o SUS (Sistema Único de Saúde), em 2008, 151.200 pessoas foram internadas para tratar da doença. Há dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico, o tipo mais grave da doença.
Ela explica que o AVC Isquêmico, ou infarto cerebral, é o mais comum e corresponde a 80% dos casos. Ele ocorre quando há bloqueio do vaso que irriga o cérebro devido a uma trombose (formação de placas numa artéria principal do cérebro) ou embolia (trombo ou placa de gordura de outra parte do corpo que se solta e chega aos vasos cerebrais).
Já o AVC Hemorrágico é o tipo mais grave da doença e tem alto índice de mortalidade, em torno de 80%. O AVC-H ocorre quando há ruptura dos vasos sanguíneos dentro ou ao redor do cérebro. Clodovil foi vítima desse tipo de AVC.
As principais causas do AVC são arteriosclerose (que pode provocar a obstrução de uma artéria), embolias (coágulos sanguíneos que se desprendem de alguma artéria ou do coração), inflamação ou infecção das artérias, hemorragias e malformações (aneurismas, fístulas, etc).
Há uma série da fatores que podem contribuir para a ocorrência da doença. Entre eles: hipertensão arterial (pressão alta), doença cardíaca, colesterol alto, fumo, alcoolismo, diabetes, obesidade, uso de pílulas anticoncepcionais sem recomendação médica, sedentarismo, uso de drogas ilícitas, infecções, idade (quanto maior a idade, maior o risco) e hereditariedade (história familiar de AVC).
Podemos observar que alguns dos sintomas são comuns aos dois tipos de AVC:

  • Dor de cabeça muito forte, de instalação súbita, sobretudo se acompanhada por vômitos;
  • Fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo;
  • Paralisia (dificuldade ou incapacidade de movimentação);
  • Perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;
  • Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.


O AVC isquêmico pode ser acompanhado ainda de tontura e perda de equilíbrio ou coordenação. Ao AVC hemorrágico podem também se associar náuseas, vômitos, convulsões, confusão mental e perda de consciência.
A prevenção é fundamental e reduz significativamente o risco e a incidência da doença e tem como principal alvo a detecção e o combate eficaz dos fatores de risco.

A identificação rápida e o imeditado socorro em face a um possível quadrro de AVC/AVE em desenvolvimento, pode ser determinante em relação a gravidade e a extensão das lesões causadas assim como a redução do risco de morte associado. A capacidade de identificar os sinais e sintomas de um AVC certamente pode salvar uma vida. Tenha em mente que quanto mais rápido for o acesso ao atendimento maiores são as chances de reversão do quadro e menores os risco de morte e lesões do sistema nervoso central.

A informação ainda é a melhor forma de prevenção…